30/08/11

Factos da vida

1- A sociedade humana é hierarquizada e será sempre enquanto existir. Consequentemente, vão sempre existir grupos de humanos que dominam e usam outros grupos para aceder a maior e melhor quantidade de recursos.
2- A maioria dos humanos são escravos. Existindo hierarquia, os subordinados trabalham em prol dos seus superiores. A ilusão de liberdade é uma forma dos humanos pertencentes às elites subjugarem docilmente os restantes humanos.
3- A natureza e condição humanas são imutáveis. O egoísmo, a ganância, a arrogância, o parasitismo, a maldade, serão sempre comport
amentos mais frequentes do que o altruísmo, a solidariedade, a partilha, a bondade, a humildade.
4- A solidão ontológica é uma característica permanente da natureza humana. Cada pensamento, sentimento e emoção individual
jamais conseguirá ser transmitido de forma rigorosa e total ao outro.
Só aceitando placidamente os factos da vida se consegue ter uma relativa paz interior, em oposição a uma revolta permanente alimentada pelo contínuo sentimento de injustiça.
A felicidade é um estado de espírito e não uma
forma de ser.

Remei contra a corrente mas agora vou a seu favor…


29/08/11

Aplica-se a qualquer funcionário público

"O congelamento das promoções vai esfrangalhar por completo as Forças Armadas", disse Vasco Lourenço, questionando se "queremos ou não queremos as Forças Armadas" para responder que, em caso de o país querer, "tem de lhes dar condições para exercerem as suas funções".
Para o responsável, "está a haver uma descaracterização muito grande das Forças Armadas".
Vasco Lourenço lembrou que os militares não podem ser tratados como "simples funcionários públicos" quando lhes são pedidos "sacrifícios e missões e até a vida", justificando a sua posição de que "é preciso dar-lhes condições" e não congelar as progressões na carreira militar.

Aplicando o mesmo raciocínio na Educação:

"O congelamento das promoções vai esfrangalhar por completo as escolas", disse Vasco Lourenço, questionando se "queremos ou não queremos escolas públicas" para responder que, em caso de o país querer, "tem de lhes dar condições para exercerem as suas funções".
Para o responsável, "está a haver uma descaracterização muito grande das escolas".
Vasco Lourenço lembrou que os professores não podem ser tratados como "simples funcionários públicos" quando lhes são pedidos "sacrifícios e missões e até a vida", justificando a sua posição de que "é preciso dar-lhes condições" e não congelar as progressões na carreira docente.

25/08/11

A imutabilidade de algumas coisas...

Medina: "Taxar os ricos? As fortunas mexem-se e escondem-se"


Como surgiu a ideia da reforma sobre a tributação dos bens mobiliários?
O antigo ministro das Finanças, António Sousa Franco convidou-me para presidir à Comissão de Reforma de Tributação do Património que pretendia começar a taxar os bens mobiliários. Tive uma reunião com o então primeiro-ministro António Guterres em 1996, onde lhe apresentei a proposta para taxar os bens mobiliários, um mecanismo eficaz de cobrança destes bens e ele concordou. O Guterres estava de acordo. Existia, portanto vontade política para avançar com a reforma da tributação dos bens mobiliários.


Qual o mecanismo que propunha no estudo?
O mecanismo que eu propus no livro era muito simples: vamos imaginar que você tem acções num banco, as finanças quando quiserem cobrar o imposto sobre as acções não vão cobrar as acções ao titular mas vão cobrar ao banco onde elas estão depositadas. Assim é impossível os bens mobiliários fugirem à tributação.


E como é que reagiram os banqueiros a este mecanismo de tributação previsto na sua reforma?

Os banqueiros reagiram mal a este projecto. Eu tive uma reunião com o presidente da APB (Associação Portuguesa de Bancos) na altura, João Salgueiro e com representantes dos vários bancos. Apresentei-lhes a proposta na reunião e ninguém levantou objecções. Mas em 1997, começaram-me a chegar aos ouvidos queixas dos bancos sobre este mecanismo de tributação. Então, eu virei-me para o Sousa Franco e disse-lhe: Eu quero falar com o primeiro-ministro. E assim foi, tivemos um almoço, no dia 8 de Abril de 1997. No almoço, estava eu, o Sousa Franco e o António Guterres. Eu disse ao primeiro-ministro: Se você não concorda, eu saio já. O António Guterres apoiou-me e continuei a trabalhar.
Quando o Sousa Franco saiu do Governo em 1999, e o Pina Moura veio para o seu lugar, a reforma foi enterrada. Este episódio levou-me a sair do PS nesse ano. A única pessoa que se mostrou favorável à tributação dos bens mobiliários na altura, foi um deputado do PCP que já morreu. A única tentativa de um Governo taxar os bens mobiliários foi com o António Guterres, desde então nunca mais nenhum governo falou sequer nisso.


Quais as dificuldades de cobrar imposto sobre os bens mobiliários?

A riqueza mobiliária mexe-se e esconde-se. Uma pessoa até pode agarrar nos títulos e escondê-los debaixo da cama. As grandes fortunas são mobiliárias. No século XIX, as pessoas ricas tinham tudo em bens imobiliários, hoje em dia já não. As grandes fortunas estão todas em bens mobiliários. Existe uma dificuldade técnica para cobrar o imposto sobre os bens mobiliários.


Entrevista a Medina Carreira, DN

17/08/11

Numa cidade (supostamente) rica

Um homem na faixa etária dos 50 anos, com camisa de manga curta e gravata cinzenta, cabelos grisalhos, óculos graduados com aros metalizados, a vasculhar no caixote do lixo colocado a alguns metros de dois restaurantes de fast food, em pleno centro de Barcelona. A sua busca resultou na captura de um pacote de papel intacto com uma baguete também intacta, a qual guardou no saco que transportava na mão esquerda. Um instantâneo que revela o destino fatal da humanidade onde o desperdício displicente convive com a necessidade básica; esta negligência dos recursos paga-se com a inevitável extinção…

05/08/11

A inevitável catástrofe

Há 30 anos as redes eram puxadas do mar por uma parelha de bois, que penosamente calcorreavam a areia para arrastar a rede pesada. Hoje, as redes são lançadas por um barco movido a motor e puxadas por tractores. Em poucos minutos, a rede chega ao areal e o espectáculo a que se assiste é revoltante: a malha é estreita e apanha também as crias do peixe. O resultado é atirar fora kg de peixe que devido ao seu tamanho é interdita a sua venda; a areia e o mar ficam carregados de centenas de peixes mortos, num atroz desperdício. Esta atitude multiplicada pelo planeta significa que são desperdiçadas toneladas de peixe que não são utilizadas; num mundo em desigualdade alimentar e com stocks biológicos limitados, é fácil compreender o resultado final deste tipo de comportamento.
É inevitável a consequência catastrófica para a espécie humana da sua negligência na gestão dos recursos naturais.

03/08/11

Aberração deste sistema económico

Apple já tem mais dinheiro que Governo dos EUA

por DN.pt

Será que o Governo dos Estados Unidos deve começar a vender iPads? De acordo com os últimos dados, o tesouro norte-americano teria um valor total de 51 mil milhões de euros. A empresa de Steve Jobs tem mais. A multinacional tecnológica Apple apresentava, no final de Junho, um total de 53 mil milhões de euros, em dinheiro e título negociáveis, de acordo com o último relatório da empresa.