Talvez a diferença de comportamento resida na facto da cultura árabe ser colectivista enquanto a cultura judacio-cristã moderna ser essencialmente individualista e egocêntrica...
30/01/11
Uma lição de cidadania
Talvez a diferença de comportamento resida na facto da cultura árabe ser colectivista enquanto a cultura judacio-cristã moderna ser essencialmente individualista e egocêntrica...
29/01/11
27/01/11
Os grandes FDP
Conclusões do Inquérito à Crise Financeira
Comissão diz que reguladores e bancos são culpados de uma crise financeira que era “evitável”
27.01.2011 - 17:15 Por Ana Rita Faria
São mais de 500 páginas e muitos nomes a culpar. A Comissão de Inquérito da Crise Financeira divulgou hoje o relatório onde explica o que levou à crise e quem está por detrás dela.
(Reuters/Toby Melville)
A primeira premissa é que a crise financeira que assolou os EUA e depois o mundo em 2008 era “evitável”. Mas o Governo, os reguladores e a alta finança de Wall Street não entenderam os riscos e, em muitos casos, não fizeram o que deveriam ter feito.
“A maior tragédia é aceitarmos que ninguém podia ter previsto que isto ia acontecer e que, por isso, nada pudesse ser feito”, diz o relatório da Comissão de Inquérito da Crise Financeira. “Se aceitarmos esta desculpa, [a crise] vai repetir-se outra vez”, sublinha.
A comissão que, durante um ano e meio, passou a pente fino milhões de documentos, entrevistou mais de 700 pessoas e realizou 19 audiências públicas, aponta o dedo às “falhas generalizadas na regulação financeira”, à “falência dramática da gestão do risco” e ao “excessivo nível de empréstimos”.
(…) A cultura de desregulação financeira promovida pelo antigo presidente da Reserva Federal (Fed) norte-americana, Alan Greenspan, também merece fortes críticas por parte da comissão, mas é ao actual presidente, Ben Bernanke, que cabem algumas das revelações mais surpreendentes do relatório.
Numa entrevista aos membros da comissão, Bernanke admitiu que a crise financeira de 2008-2009 foi maior do que a Grande Depressão e que 12 das 13 maiores instituições financeiras norte-americanas estiveram em risco de falir em apenas uma ou duas semanas.
“Como especialista da Grande Depressão, acredito sinceramente que Setembro e Outubro de 2008 foram a pior crise financeira da história mundial, incluindo a Grande Depressão”, disse Bernanke à comissão, em Novembro de 2009.
(…) A cultura das instituições financeiras deixou de lado a gestão de risco, encorajando os funcionários a firmar acordos rentáveis no curto prazo, que lhes trariam também apetecíveis bónus. (…) A comissão chegou ainda à conclusão de que houve instituições com comportamentos particularmente condenáveis durante os meses em que a crise rebentou. Foi o caso do Goldman Sachs. O relatório revela que o banco terá fornecido milhares de milhões de dólares a instituições que concediam empréstimos imobiliários de alto risco (o chamado subprime). Depois, assegurou esses empréstimos e vendeu-os a investidores por todo o mundo, com o auxílio das agências de rating que davam elevadas notas positivas aos produtos vendidos pelo Goldman aos seus clientes. Ao mesmo tempo, o Goldman envolveu-se em esquemas financeiros que ampliaram a crise, ao permitirem a investidores não só investirem nos empréstimos, mas especularem se eles iriam aumentar ou baixar. Pior ainda: o banco também apostava contra investimentos que tinha criado e vendido a outros. Quando os preços das casas entraram em colapso, todos começaram a perder.
25/01/11
O valor da qualificação do individuo
24/01/11
Uma extrapolação
Deste modo, talvez seja um tiro no pé os recibos que andam a ser publicados na internet, porque o cidadão comum está a encará-los como a prova que os professores são muito bem pagos.
Se extrapolarmos esta amostra a toda a população, então compreende-se como o Sócrates ganhou as últimas eleições e como muito dificilmente irá surgir a tão temerosa e hipotética explosão social, ou qualquer tipo de instabilidade social. Com base nesta amostra, uma faixa grande da população está disposta a aceitar ainda mais sacrifícios passivamente e resignadamente, porque os culpados são os que trabalham no Estado; num contexto histórico, compreende-se como se consegue subjugar com uma ditadura milhões de pessoas durante 40 anos e que a estratégia politica do PS de criar um bode expiatório nos funcionários públicos foi um sucesso.
22/01/11
Instituição castrense
Aconselha-se o livro "Segredos e corrupção - O negócio das armas em Portugal" (editora Casa das Letras), cujo autor é o jornalista António José Vilela.
A leitura deste livro demonstra que nada no país é credível, e que encontrar alguém honesto neste oceano de corrupção é como encontrar uma agulha no palheiro...
Vamos retroceder para isto?
(...) a alimentação era sempre a mesma - sopa, sopa e mais sopa. Eventualmente algum peixe ou galinha em dias de festa. Veja-se a história dos meninos gordos: eram duas crianças que, por volta de 1840, andaram por toda a Europa a serem exibidas como objectos de circo porque sofriam de obesidade mórbida. A obesidade não existia, a maior parte das pessoas eram esfomeadas.
Revista Sábado, Irene Vaquinhas (professora na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra.
Qual a conclusão?
barril Brent (dólares)- 147
Gasolina 95 (euros)- 1,53
2010:
barril Brent (dólares)- 97
Gasolina 95 (euros)- 1,52
20/01/11
Voto de protesto
- é um candidato independente
- não é marioneta da máquina partidária
- é uma forma de protesto contra a partidocracia
- é um voto contra os corruptos que nos governam
- foi um candidato genuíno e honesto, sem a maquilhagem e a falsidade do marketing politico
18/01/11
O que os netos destruiram
- em 1910 foi decretado o direito à greve;
• em 1913 foi publicada uma lei sobre acidentes de trabalho, responsabilizando os patrões;
• em 1919 foi estabelecido em todo o país o horário de 8 horas diárias.
14/01/11
Ainda existem dúvidas que a economia é virtual?
Supermáquinas controlam mercados
por PAULA BRITO - DN
Chama-se High Frequency Trading e é um programa que permite aos investidores da Bolsa ganharem milhões em nanossegundos.
Um flash de 0,0025 segundos é quanto precisa um supercomputador para ganhar milhões na Bolsa. Longe parecem ir os tempos dos talentosos corretores, como Bud Fox (Charlie Sheen, em Wall Street, 1987), em que lhes bastava ditar com rapidez a compra de acções para ganharem milhões.
Passados 23 anos, a realidade bolsista, tal como a economia, mudou muito, como demonstra o lendário broker Gordon Gekko, encarnado por Michael Douglas em O Dinheiro nunca Dorme, um remake do clássico de Oliver Stone. Ou como revelou a personagem da vida real Sergey Aleynikov (ver perfil). Este inventor de um programa super-rápido de computador que permitiu ao banco de investimento Goldman Sachs ganhar milhões trouxe a lume uma realidade que poucos conheciam - o High Frequency Trading (HFT), sistema que consiste na utilização de algoritmos para detectar e explorar movimentos do mercado através do recurso a computadores com elevada capacidade de processamento e com uma enorme velocidade de comunicação.
12/01/11
08/01/11
07/01/11
O beco sem saída
(... ) a cada 12 dias nasce uma fundação, que o seu dinheiro paga viagens, flores e até tapetes e que as compras online poupariam 42 mil milhões de euros por ano.
DN
05/01/11
02/01/11
Rendimento máximo
Nos últimos anos muito se tem falado pejorativamente do rendimento mínimo, actual rendimento de inserção social (RSI). Embora em várias circunstâncias de forma fundamentada, também de forma demagógica em muitas delas, pois este subsidio serve para colmatar aquilo que o Estado não consegue fazer: redistribuição da riqueza. Contudo, convenientemente, nunca se falou dos que vivem do rendimento máximo, ou seja, todos aqueles que também não trabalham nem exercem nenhuma profissão e o orçamento de Estado sustenta a sua vida, providenciando rendimentos de milhões de euros ou aqueles que exercem actividades em que dedicam poucos meses ou anos de trabalho. No 1º grupo incluem-se a monarquia (reis, rainhas e todos os descendentes) e os políticos que ocuparam cargos governativos, recebendo uma subvenção vitalícia, e no 2º grupo, actores, jogadores desportivos, músicos.
Porque também não se fica indignado por alguém ter como pais alguém a quem chamam reis e com isso ter garantido vitaliciamente rendimentos para viver luxuosamente? O que se vê é a idolatria completa, com consumos dos jornais e revistas sempre que surgem notícias da sua vida privada ou acolhimentos apoteóticos na rua. Mas, para uma família receber uns míseros trezentos e tal euros, é a critica feroz, porque são calaceiros e parasitas que não querem trabalhar. Como se os reis, príncipes e princesas quisessem e trabalhassem muito…
E algum governo procedeu a reduções ou extinções deste tipo de financiamento? Obviamente que não.Ou não ficar indignado por alguém que trabalha 3 meses num filme, faz uma digressão musical de 6 meses ou joga por 10 anos, e recebe milhões de euros?
Mais uma das muitas incongruências ininteligíveis da sociedade humana…
Análise sócio-económica
Os portugueses ainda não se deram conta de que estão numa situação em que a soberania dos Estados - não havendo uma regulação dos mercados financeiros - está sujeita aos abutres financeiros. Uma das coisas que me horroriza é dizer-se na comunicação social cobras e lagartos do Estado ou que a festa acabou e que Portugal é insustentável, enquanto ninguém é tão veemente no que respeita ao facto de os mercados financeiros poderem ganhar rios de dinheiro com a nossa crise e até se façam apostas para ver se a dívida portuguesa será paga e que se ganhe muito dinheiro na aposta. Isto é crime contra a humanidade!
(...) Há anos dizia que o mundo pós- guerra tinha duas superpotências: Estados Unidos e agência Moody's. Neste momento, estamos nas mãos das agências de notação e algo deve estar profundamente errado quando os juros da dívida de Espanha são iguais aos do Paquistão.
(…) os mercados vão regular tudo e assistiremos a um empobrecimento da grande maioria e ao enriquecimento absolutamente injusto de uns poucos.
(…) São os que estão na fila - Portugal, Espanha e Itália - e os mercados financeiros estão a apostar na bancarrota destes países porque vão ganhar muito dinheiro até que ela ocorra. Como é que é possível que os países funcionem nesta base quando se aposta na nossa falência e no lucro que ela dá?
(…) A agricultura foi um péssimo negócio em que Portugal entrou. Tínhamos uma das agriculturas familiares mais fortes da Europa e foi destruída em meia dúzia de anos porque o modelo agrícola da Europa é de grande extensão e de grandes empresas agrícolas e industriais. A nossa produção familiar até era produtiva ao seu nível e produzia, por vezes, também para o mercado.
(…) se não houver a regulação dos mercados financeiros ou o Estado nacionaliza os bancos ou os bancos nacionalizam o Estado. É isso que está a suceder, os bancos estão a nacionalizar o Estado ao fazerem o que querem, ao terem perdas como as que se observam. Como os bancos não podem falir, nem pagam IRC como as restantes empresas, é evidente que estão a nacionalizar o Estado português porque cometem todos os erros que querem e têm os lucros que se vê, para os quais os portugueses continuarão a contribuir.
(…) O Banco Central Europeu não pode continuar a ter o papel de emprestar aos bancos a um juro baixo e deixar que estes emprestem caro aos Estados. Nem podemos continuar a ter 10% do nosso PIB em offshores!
Boaventura Sousa Santos (entrevista ao DN)
Portugal 2011
- 2 milhões de pobres
- 2 milhões com salário mínimo
- 700 mil desempregados
- salário médio de €600 (incluindo profissões com habilitações académicas superiores)
01/01/11
Citação
Dalai Lama