- O que foi construído no passado como um passo no desenvolvimento e bem-estar dos povos está actualmente a ser destruído. E, incompreensivelmente, está a ser destruído numa época financeiramente mais rica do que a anterior. O alargamento dos cuidados de saúde a todos os distritos (com hospitais distritais, SAP, centros de saúde, etc.), os ramais das linhas de comboio em muitas zonas do interior, os serviços públicos colocados em zonas populacionais (estações do correios, repartições públicas), etc., estão a ser encerradas com o principal argumento da contenção de custos, quando o PIB é muito superior ao PIB de quando foram construídos.
- Ser idoso era uma mais valia nos tempos dos nossos antepassados: era o membro com experiência de vida, o conselheiro nas decisões quotidianas difíceis, o acompanhante das gerações mais novas. Em muitas regiões de África e Ásia ainda assim é mas no mundo ocidental passou a ser um fardo. Todo o ser humano que com a idade perca a sua independência e autonomia, está condenado a residir nos centros de espera do fim de vida (vulgarmente denominados lares), levando uma existência ambulatória, de passagem lenta e inútil do tempo, esperando que a natureza desligue o botão biológico. Perde-se e desperdiça-se um capital humano, causado por esta sociedade moderna do consumo e do materialismo, e daí a discussão da eutanásia cada vez ter tanta relevância...
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