07/10/09

Pessimismo?

Nos últimos dias, derivado dos acontecimentos quotidianos, concluí que a Humanidade atravessa uma encruzilhada, na qual não se sabe qual a direcção que vai tomar. Perante a crise económica grave, o espectro de uma pandemia de proporções dantescas, o horizonte sombrio de uma degradação ambiental apocalíptica, e a constatação nacional de um futuro catastrófico, talvez tenha chegado o momento de me preparar para a naturalidade das leis universais.
Espero sinceramente que o futuro do país (e do mundo) não descambe numa sul-americanização ou numa balcanização da sociedade, um cenário que nem mesmo Dante conseguiria descrever fielmente…

Muitos consideram esta reflexão pessimista.

Mas se:
- a ingovernabilidade resulta da exclusiva defesa dos interesses pessoais e/ou partidários e/ou elitistas de quem está no poder e um maioria absoluta conduz a derivas autoritárias ditatoriais, como se pode ser politicamente optimista?
- os dados estatiticos do estado do planeta não mentem com aumento contínuo da população mundial e consequente aumento dos recursos naturais versus poluição, usando matemática de merceeiro, e sabendo que os recursos naturais são finitos, como se pode ser ambientalemnete optimista?

Então afirma-se: é tempo de encontrar soluções. Mas estas já existem há muito tempo e são tão simples que até é ininteligivel como não são aplicadas: honestidade, solidariedade, caridade, humildade, compaixão, sobriedade, assertividade, simplicidade, fraternidade, respeito, coerência, empatia...
Talvez a condição humana seja uma couraça demasiado forte para permitir que as soluções sejam implementadas...

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