Movimento de Alegre ameaçado pelo MP
JOÃO PEDRO HENRIQUESHENRÂNI PEREIRA
ARQUIVO DN
MIC teve de mudar estatutos por pressão judicial
O Movimento de Intervenção e Cidadania (MIC), formado a partir da candidatura presidencial de Manuel Alegre em 2006, esteve ameaçado de extinção pelo Ministério Público.Uma ameaça que Helena Roseta, da direcção do movimento, qualificou ao DN de "estranha". "O Ministério Público não terá coisas mais importantes com que se preocupar?", questionou-se a vereadora na Câmara de Lisboa. "Não posso deixar de relacionar este processo com o facto de estar em causa uma associação a que está ligado o Manuel Alegre."
"Agora o MIC é praticamente indissolúvel", diz Roseta, para quem "é uma coisa absurda" o Ministério Público andar a controlar os estatutos de associações cívicas independentes. "É um resquício da legislação anti-associativa da ditadura", considerou. "Já participei em inúmeras associações e nunca vi nada disto. É a primeira vez."
Realmente é muito estranho o MP desviar recursos para fiscalizar estatutos de movimentos cívicos independentes. Dada a invulgaridade, é perfeitamente legítima a suspeita lançada por Helena Roseta, sobre a relação entre o movimento e Manuel Alegre (o verdadeiro adversário do socratismo), ser o leitmotiv dessa fiscalização.
Parece que os tiques totalitários são genéticos e perpetuam-se ao longo das gerações…
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