12/01/10

Ajuste de contas

Parecendo que a tempestade está acalmar, talvez seja o momento de ajustar contas com a história. Ao longo dos anos verifiquei que muitos indivíduos que estão actualmente no topo da sua carreira, a atingiram tranquilamente, sem grande sacrifício e sem terem sofrido grandes convulsões negativas durante o seu percurso. Estão financeiramente confortáveis, mantêm-se durante vários anos no topo da carreira, o que lhes vaia conferir uma velhice financeiramente confortável através de uma pensão de reforma mais elevada. Muitos apenas têm o bacharelato (3 anos de frequência universitária) em áreas do conhecimento sem qualquer afinidade com o trabalho que executam, num contexto de profissão liberal, e apresentam competências medianas no trabalho que executam. Contudo, são esses que estão agora em cargos de comando e com funções directivas, a implementar decisões que tornam instável, irregular e conflituoso o trabalho dos outros, com perspectivas pessimistas no contexto de uma velhice financeiramente desconfortável, porque muitos não atingirão o topo da carreira ou permanecerão pouco tempo.
Esta falta de solidariedade geracional é abjecta.
As escolas têm resmas destes indivíduos.

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