Quando um país passa por dificuldades económicas provocadas por motivos involuntários (catástrofes naturais, por exemplo), os cidadãos sentem-se naturalmente motivados para voluntariamente se sacrificarem pessoalmente. Contudo, quando essas dificuldades são resultado da corrupção, peculato e fraude das elites dirigentes, os cidadãos têm o direito moral de recusar qualquer sacrifício pessoal e exigir que os causadores resolvam a situação. Por isso, quando se gasta €5000 diários do orçamento de estado para manutenção do estádio do Algarve (acrescentando os custos com o pessoal dirigente e trabalhador), um equipamento completamente fútil e inútil, que só serviu como pretexto para enriquecer os tais assaltantes do erário público, não aceito que me peçam mais sacrifícios, que congelem o salário e a progressão na carreira.
Na prática, somos os escravos trabalhadores que geram a riqueza para os assaltantes que estão no poder viverem faustosamente.
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