31/12/09
30/12/09
Um mau ano
Já chega de falsos optimismos: o próximo ano vai ser mau. Só será bom se os decisores políticos e os detentores da riqueza planetária se tornarem humanistas, o que obviamente é uma ideia ingenuamente utópica...
É preciso denunciar
Para usufruírem deste direito social tiveram de apresentar um rendimento per capita entre 0,5 x IAS x 14 e 1 x IAS x 14, em que o IAS= €419,22. Este escalão dá direito a que a escola pague metade das despesas em visitas de estudo e nas despesas de aquisição de material escolar bem como refeições.
É credível que este casal com este currículo aufira rendimentos deste montante?
Que melhor exemplo demonstrativo da ineficácia da máquina fiscal, da injustiça social, da falta de ética e moral, e de um furto a todos os cumpridores?
Multiplique-se este exemplo pelas centenas de milhares que pululam pelo país e já se percebe o motivo do subdesenvolvimento nacional...
O perverso modelo sócio-económico
POR CESALTINA PINTO – revista VISÂO
No Vale do Ave, não há empregos: há despedimentos, salários em atraso, lay off. O comércio ressente-se. Só o Centro da Porsche não se queixa: em dois meses, fez metade das vendas de um ano
'Assim se faz Portugal. Uns vão bem e outros mal.» A canção de Sérgio Godinho não sai da cabeça, quando se vagueia pelo Vale do Ave. Em Vizela, Patrícia Oliveira, 32 anos, desatou a fazer tricô e croché. Os cachecóis vão crescendo, ao ritmo da sua impaciência. A região já não tem muito para oferecer a uma mulher como ela, com apenas o 6º ano de escolaridade, vítima de despedimento colectivo de uma têxtil-lar.
A estrada entre Braga e Guimarães deixa uma sensação de morte lenta. As fábricas, na berma da estrada, despertam-nos a nostalgia do que já foi grande, como a Outeirinho, a Lameirinho, a Riopele...
Em Guimarães, o condomínio privado Villas Flor é um sinal dos tempos. São 80 apartamentos de luxo, construídos no local onde já laborou uma grande empresa têxtil, de que só restou a fachada.
O soco no estômago espera-nos em Celeirós, Braga. O Centro Porsche foi inaugurado em Setembro mas, no fim de Outubro, as nuvens carregadas não ofuscavam o brilho do interior. Rui Franco, sócio-gerente, tinha razões para fazer estourar a rolha do champanhe que partilhava com os funcionários.
Ou seja: a Porsche vendeu 12 Panamera, em dois meses, quando o objectivo era vender oito num ano! Sendo que o preço médio deste carro anda pelos 200 mil euros (o Turbo chega a 225 mil euros e também já estava vendido). «Só esta manhã vendemos quatro e já temos pedidos para entregas em 2010.» Rui Franco não podia estar mais satisfeito. Antes de inaugurar o stand, tinha já 40 clientes em lista de espera. E se a intenção era negociar 50 unidades num ano, o certo é que, em nove semanas, já vendeu vinte e cinco.
Quem compra carros pelo preço de um T2 ou de um T3? «Vendemos para todo o País, mas 40% estão na Zona Norte. Temos o feirante, o empresário e o jogador de futebol.» Sem identificar os clientes, lá deixa cair: «Um só empresário comprou três. E um empresário têxtil, da Trofa, levou um Cabriolet [140 mil euros].» Há quem peça para levantar os carros durante a noite, uma vez que o stand presta serviço durante 24 horas, incluindo na oficina. Estarão estes empresários entre aqueles que dizem ser impossível aumentar o ordenado mínimo de 450 para 475 euros?
'NEM DEIXAM APRENDER!'
Esta é uma realidade na qual Patrícia não se move. Mas Francisco Vieira, do Sindicato Têxtil de Guimarães, tem perfeita consciência dela: um país esquizofrénico, a duas velocidades, condimentado por laivos de imoralidade. Sente-se indignado pelo que vê e ouve. «Fui ameaçado de morte por um patrão porque lhe pus em causa o processo. Não pagava havia três meses, despediu os trabalhadores, fechou a fábrica. Mas queria abrir outra e contratar 40 trabalhadores. E tinha uma grande fila à espera. É preciso dar caça a isto!», desabafa, apontando a legislação que permite fechar e abrir empresas, continuamente e com impunidade.
27/12/09
Alguns manda-chuva
Da lista liderada por Américo Amorim, fazem parte as famílias e holdings pessoais de Belmiro de Azevedo, Alexandre Soares dos Santos, Espírito Santo, Pedro Queiroz Pereira, Pedro Maria Teixeira Duarte, Vasco de Mello, António Mota, Manuel Fino, Joe Berardo, Nuno Vasconcellos, Horácio Roque, Joaquim Oliveira, Fernando Nunes, Luís Silva e Pinto Balsemão. O activo bolsista destes investidores, tendo por base os critérios acima referidos, estava valorizado em aproximadamente 19 mil milhões de euros, uma fatia que corresponde a quase 10% da capitalização bolsista do índice PSI 20. Entre 2008 e 2009, este património valorizou 5300 milhões de euros, o que traduz um crescimento de 38% em relação à valorização registada no final de 2008.
É extraordinário e inconcebível como a corrente económica dominante continua a impor que este modelo capitalista é o melhor para o desenvolvimento humano...
25/12/09
Feliz Natal?!
Frontalmente, o ser humano precisa prioritariamente de comer e beber para se manter vivo, o seu principal objectivo. No passado longínquo, teria de escolher um local com recursos naturais suficientes para alimentar uma determinada quantidade de indivíduos. Hoje, tem de ter o dinheiro suficiente para comprar os recursos. E portanto, a sua vida fundamenta-se na execução de actividades que proporcionem o acesso ao vil metal. Essas actividades são executadas num contexto de darwinismo social, sendo um paradoxo em relação à ideologia da época natalícia: solidariedade, paz, harmonia, altruísmo.
A solidão que mais se evidencia nesta época é ilusória: refere-se a não estar acompanhado por outros corpos, a interagir e comunicar com eles. Na realidade, cada um é sempre solitário, porque mesmo acompanhado por corpos, sente, pensa, sem que nenhum dos presentes percepcione essas actividades. Além disso, age em prol da usa sobrevivência individual, o que implica muita actividade solitária.
No contexto de relacionamento cortês e interesseiro- em que cada um se borrifa para o outro mas mantém uma relação cordial porque nunca se sabe quando um dia o outro lhe pode ser útil- é fátuo os votos que anualmente todos se desejam uns aos outros.
Os homens ditos santos- Cristo, Buda, etc.- tentaram pela palavra e acção demonstrar que existe o verdadeiro altruísmo, amor ao próximo, como a melhor opção de organização social. Com insucesso, como se constata no quotidiano: cada um manobra no sentido de obter os melhores proventos, mesmo que prejudique os outros.
Um dia como outro qualquer do ano: apenas simbólico mas sem simbolismo. Muitos milhões encaram o dia como um feriado, um dia em que não trabalham e dedicam ao lazer; e pelo caminho, a época do ano em que se aproveita para comprar os itens mais onerosos, numa fugaz sensação de felicidade e satisfação.
O sentido da vida esmorece, porque tudo se resume a possuir os bens materiais para sobreviver neste planeta…
21/12/09
Para recordar
Os Malefícios da Rivalidade na Escola
Para a Salvação da Democracia
Um povo culto
17/12/09
Colectânea de ódio
2. Uma vez mais, uma das trupes de parasitas deste país vai ganhar. Para protestar, fazer greves e viagens a Lisboa têm tempo. Para melhorarem não. A satisfação de muitos (como eu) é que são, cada vez mais, vistos como parasitas da sociedade, usurpadores da riqueza criada pelo país e como responsáveis pela educação miserável dada às crianças/jovens deste país. Dizem que a culpa é do ministério/ministro. Mas se são eles que mandam no ministério/ministro da educação, podemos concluir que a culpa é deles. Professores? Não. Choradores. É que não fazem mais nada do que reclamar. Alguém lhes dá uma chupeta?
3. Esta Ministra da Educação é uma vergonha e um atentado aos Portugueses. Verga, porque de educação não sabe nada, ao oportunismo dos sindicatos dos professores. Quer dar uma de porreira, como aqueles professores incompetentes que nem escrever sabem e dão notas altas aos alunos para que estes os não chateiem, e dá aos sindicatos tudo o que estes exigem. Desrespeita quem, antes dela, esteve com dignidade e coragem no posto que ela ocupa. Onde está o corajoso Sócrates? Que pesadelo é este Portugal. Que ministra indigna do lugar que ocupa... Que vergonha!
4. É a hora de aproveitar o desgoverno, tudo que mexe com classes profissionais que representam muitos votos, o governo abre as ditas... e não só o governo até a oposição dá tudo. Quem vai pagar tudo isto?, querem que vos diga? os suspeitos o costume, o zé contribuinte, não funcionário público. Por favor entreguem este pedaço de terreno á Espanha, eu sei, eles não vão querer, mesmo de graça, mas está comprovado que os milages, às vezes, acontecem.
COMENTÁRIOS COLOCADOS EM:
http://www.publico.clix.pt/Educação/ministerio-assume-a-fenprof-que-professores-com-bom-terao-acesso-ao-topo-da-carreira_1414238
O ódio, a inveja mesquinha persiste. Só uma amostra do que se ouve na rua. Os docentes deviam mandar todos para a p*** que os pariu e demitirem-se em bloco todos os 150 000 ‘parasitas’ do sistema educativo, como ameaçaram os enfermeiros finlandeses o ano passado, e que fizeram baixar a bola ao governo finlandês. Mas como os docentes são escravos e temerosos, vão continuar a ser enxovalhados porque estão f*******: precisam da m**** do dinheiro para viver, e portanto, prostituem o seu estatuto social, em prol de uma cambada de ingratos que não reconhecem que sem o sistema educativo, mesmo que mediano, os seus filhos estavam entregues à bicharada e a maioria deles seria delinquente...
16/12/09
Efeitos da avaliação
Mais conflitualidade, ressentimento, vingança e represálias pessoais, clima de medo e repressão, ou seja, tudo o que contribui para a diminuição da eficiência e produtividade.
O cidadão pode afirmar peremptoriamente que os serviços melhoraram significativamente? Pelo estado de alma emanado pela população, a resposta é francamente negativa...
Seguindo o raciocínio cientifico, conclui-se que a panaceia não foi mais do que atirar areia para os olhos e um formidável método de poupar euros em salários...
Um dilema ético perturbante
Pode até parecer absurdo, mas o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) afastou do serviço um dos seus mais antigos advogados, só porque este insistia em manter uma postura de isenção e imparcialidade.
"Não acompanha os desafios e objectivos" propostos e "necessita de ter outro tipo de estímulo e de experiência dentro da nossa organização", escreveu a directora dos Recursos Humanos da Delegação Norte na proposta de afastamento do advogado. Para o jurista a questão é, no entanto, outra, já que antes a directora o havia criticado pela sua postura de "isenção e imparcialidade" face à lei, advertindo-o de que lhe poderia "prejudicar a carreira". A direcção do IEFP diz que aquela não é a posição do instituto: "Não é a posição do IEFP, nem julgo que alguma vez a dita funcionária o tenha dito", frisa a resposta, por correio electrónico, às questões do PÚBLICO.
O facto é que o escreveu: "Tenho sentido que olha para a lei com a isenção e imparcialidade de um juiz que a tem de aplicar. Contudo, é advogado do IEFP. É certo que o IEFP prossegue o interesse público, mas [você] prossegue outro objectivo, a saber: empregar os seus conhecimentos a favor do IEFP, numa óbvia perspectiva de parcialidade e de pouca isenção em abono do seu cliente. Tudo o que fizer ao contrário deste princípio prejudica a sua carreira", assim escreveu a directora num documento que dirigiu ao advogado e que este apresentou agora no Tribunal do Trabalho.
Neste contexto, compreende-se que para exercer a advocacia tem de se possuir um determinado perfil. Numa perspectiva profissional, o advogado tem de defender o cliente, independentemente de ter razão ou não. Nesta perspectiva, um advogado não aplica os tais valores morais e éticos, utilizando a manipulação, a falsidade, a argúcia, a desonestidade, para exercer uma representação eficaz. Ou seja, o fim justifica os meios. Numa perspectiva humana, um advogado não é digno de confiança, tornando-se um pária, devido à necessidade da sua acção ter de ser eficaz. Qualquer declaração de um advogado em exercício de funções tem de ser objecto de escrutínio critico muito rigoroso.
Portanto, por um lado a directora tem razão e por outro revela os valores pelos quais se rege a sociedade humana, o que não é nada tranquilizante.
Por isso, considero que quem possui e pratica os tais valores jamais pode exercer a advocacia de forma competente. Também se conclui que o Estado, quando lhe convém, usa de má-fé e de expedientes para se furtar à aplicação dos valores éticos e morais, de que deveria ser o pioneiro a praticar.
13/12/09
Um exemplo extraordinário
Por mero acaso, ao fazer zapping num dia frio, esbarrei no Discorey Channel. O que me chamou a atenção foi ver uma cara europeia vestida com uma indumentária indiana. No final do documentário, aprofundei a pesquisa e obtive algo que há muito defendo acerrimamente: o capitalismo humanista. Contextualizando, na Índia vive um francês (de seu nome Christian R. Fabre) que se converteu ao hinduísmo e é empresário de uma indústria têxtil de sucesso, com lucros superiores a $300 milhões anuais. O extraordinário desta história, é que a adversidade que atingiu este homem o tornou verdadeiramente humanista e não em mais um indivíduo ressabiado que se rege pelo darwinismo social. Este homem foi viver para a Índia com a família na década de 70, estabelecendo-se no negócio das peles para vestuário. Por acção do governo indiano, perdeu o trabalho, ficando na indigência. A mulher e o filho retornaram a França deixando-o sozinho. Obteve um emprego mal remunerado na indústria têxtil e com as poupanças que foi obtendo, investiu em maquinaria e lançou-se no negócio têxtil com um sócio indiano (que ainda hoje se mantém, na empresa denominada Fashions International). Entretanto, conhece o hinduísmo e converte-se totalmente, ao ponto de se propor para a função de swami (monge, adoptando o nome de Swami Pranavananda Brahmendra Avadhuta). E assim se manteve até à actualidade, trajando unicamente as vestes de monge e gerindo o seu negócio.
O método de gestão é inigualável no mercado industrial e comercial actual:
- 60% dos lucros da empresa são distribuídos por todos os que trabalham na organização (desde o executivo até ao trabalhador na produção). O resultado é que os trabalhadores são os melhores remunerados de toda a Índia neste sector. Não há exploração, maus-tratos, falta de condições de higiene e/ou segurança, obtendo sempre lucros anuais.
- Swami só aufere um salário de $200 mensais e vive numa moradia extremamente simples.
- Desde a fundação da empresa nunca foram despedidos trabalhadores
- O negócio é feito na base da honestidade total: o comprador sabe que a empresa tem um lucro fixo de $2,5 em cada peça que vende e tem de assumir o compromisso de respeitar regras de ética empresarial. Swami determina que só faz negócio com compradores que também apliquem a ética e moral no negócio; caso contrário, prefere não firmar contrato, mesmo que isso implique perder milhões de lucro.
- Swami vive uma vida simples, sem bens materiais (excepto um pc portátil e telemóvel). Portanto, nada de iates, moradias luxuosas, salários milionários, regalias sumptuosas ou quaisquer outras mordomias (cartão de crédito, automóveis, aviões, etc.).
Muitos cínicos do mundo empresarial ao conhecerem este exemplo certamente comentariam sobre a ingenuidade do homem; contudo, a sua empresa mantém-se com lucros, mesmo num mundo pejado de predadores empresariais insensíveis e desumanos.
Este exemplo devia ser esfregado na cara dos muitos empresários e administradores executivos das multinacionais e grandes grupos económicos, bem como na de todos os políticos, para refutar inequivocamente que as ideologias capitalistas que repetidamente tentam impor, são totalmente ineficazes na distribuição da riqueza.
Está aqui um exemplo do que devia ser o capitalismo: direccionado para o bem-estar de todos e não só de alguns.
Citações de Swami
- De cada vez que um jornalista vem ter comigo, a sua primeira pergunta é: Como pode ser um monge e CEO [administrador executivo, empresário]?
A minha resposta é sempre a mesma: quando alguém está apaixonado, está apaixonado po tempo todo. Não existe nenhum momento em que não esteja apaixonado. Desde o momento em que acorda de manhã até adormecer à noite depois de um dia de trabalho. Durante essas horas todas, quer tenha estado fisicamente ou não com a pessoa que ama, nunca cessou de estar apaixonado. No entanto, ele cumpriu as sua funções como amante, marido, amigo, esposa, filho ou filha, homem ou mulher, empregado ou administrador. Passa-se o mesmo comigo. Sou sempre um monge, um homem espiritual, (…) independentemente do que esteja a fazer…
- Despertar é muito mais do que uma crença. Podemos mudar a crença mas não podemos escapar do despertar. Despertar que sou tu…que a minha equipa de trabalhadores me fez compreender que a sua felicidade vem em primeiro lugar.
Que melhor recompensa que a felicidade dos nossos amigos da Fashions International quando eles recebem ordens boas ou um novo cliente ou quando eles recebem a sua parte do rendimento da empresa. Sim não só eles recebem o seu salário mensal e os benéficos sociais, como também recebem uma parte do rendimento da empresa, não lucro…rendimento.
O que é que maior rendimento pessoal iria trazer para mim? Mais vestes do que esta? Mais comida do que o meu estômago pode acomodar? Jóias? Não preciso de nada disso tal como não preciso de parecer rico…
Ver mais em:
http://www.colegiadodharmaparishad.com.br/Mentalidade%20empresarial%20da%20nova%20era.htm
http://www.nytimes.com/2004/12/04/business/worldbusiness/04iht-wbspot04_ed3_.html
http://news.bbc.co.uk/2/hi/south_asia/3094780.stm
http://www.bookofjoe.com/2004/12/ceo_of_the_year.html
http://ashejournal.com/index.php?id=11
08/12/09
Degradação moral
Treinador ordena golo na própria baliza
08-12-2009
Giuseppe Pillon é o homem do momento em Itália. O treinador do Ascoli, equipa da II divisão de Itália, ordenou que a sua equipa sofresse um golo depois de os seus jogadores terem marcado enquanto um dos adversários do Regina recebia assistência médica. O gesto de Pillon pode ser um exemplo de fair play para muitos desportistas, mas foi muito mal interpretado pelos adeptos do Ascoli, que já exigiram ao clube que abrisse um processo disciplinar ao treinador. O facto de a equipa estar no 19º lugar na série B também não ajuda a paciência dos sócios.
Esta atitude darwinista das sociedades é que vai ser a perdição das mesmas e a barreira eterna à implementação da harmonia social. Os valores éticos e morais são desprezados em nome do materialismo, com consequências ao nível da organização social, que tendencialmente se torna cruel.
Se as atitudes moralmente correctas são censuradas e reprimidas, então o que resta?
A onda obsessiva da avaliação
Este instrumento é muitas vezes um método subrepticio de repressão do indivíduo, condicionando-o na sua liberdade e cidadania, com o objectivo de o domesticar e subjugar ao status quo vigente. A avaliação existe exactamente com este intuito, porque a natureza humana é fatalista, e infelizmente, aquilo que devia ter uma função formativa, á aplicada com uma função eminentemente repressiva e penalizadora.
A avaliação construtiva é aquela em que o individuo a busca voluntariamente como um ponto de referência à melhoria das suas capacidades e competências, das quais a comunidade onde se insere vai beneficiar. Contudo, a avaliação que tem sido implementada é com o objectivo de castigar em vez de formar…
A mentira
28/11/09
Inevitável
Violência de manifestantes anti-capitalismo em Genebra
por DN
Uma manifestação com milhares pessoas, que protestavam contra a Organização Mundial de Comércio, degenerou em distúrbios no centro de Genebra, na Suíça, com a destruição de montras de bancos, comércio de relógios e até cafés. Uma dezena de carros foi incendiada e houve confrontos com as autoridades.
A maioria dos manifestantes era pacífica, mas alguns tinham máscaras e estavam armados com bastões de madeira: foram destruindo as janelas das montras por onde passaram, dando preferência a bancos e lojas que comercializam relógios, dois dos principais produtos económicos pelos quais a Suíça é conhecida mundialmente. Também atingiram um hotel, diz o site Romandie News.
De acordo com o Le Temps, o cortejo dividiu-se em vários grupos e os mais violentos conseguiram semear o caos, ao mesmo tempo que a polícia anti-motim respondia com gás lacrimogéneo e detenções. Às 15:45 locais (menos uma hora em Lisboa), os protestos concentraram-se na zona baixa da cidade, perto do lago Genebra, e as autoridades continuaram a actuar, desta vez recorrendo também a balas de borracha.
Na principal avenida de comércio da cidade, que recebe uma conferência da OMT durante três dias, cerca de uma dezena de carros foi incendiada, diz o Le Temps.
Ao manifestantes protestaram essencialmente contra as políticas dos membros da OMT, que, segundo defenderam, destroem a agricultura do Terceiro Mundo (foram levados tractores para o protesto), estimulam a exploração laboral nos países desenvolvidos e aumentam o fosso entre ricos e pobres.
As alterações climáticas, que servem de mote à Conferência de Copenhaga, em Dezembro, e o acordo de Bolonha, que alterou o sistema de ensino superior na União Europeia, também foram visados pela manifestação, que juntou pessoas de vários quadrantes, como activistas anti-capitalismo, ecológicas, sindicados e estudantes.
O número de manifestantes apontado pela imprensa. O Romandie News fala em 2000 e o Le Temps aponta para cerca de 5000.
Os sinais já existem e TODOS sem excepção vão envelhecer...
Idosos
40% vão depender do banco alimentar até morrer
por RITA CARVALHO
São os casos mais dramáticos, pois envolvem pessoas dependentes e sem recuperação. O fenómeno é urbano, antigo e, muitas vezes, está escondido.
Aos 83 anos, Casimiria da Piedade já perdeu a conta aos anos que recebe apoio do Banco Alimentar, pelo cabaz que todos os meses traz da Igreja de São Paulo, em Lisboa. Esta idosa é uma das cem mil pessoas que estarão dependentes da ajuda alimentar até ao final da vida. No total, os 17 bancos contra a fome, que hoje lançam mais uma campanha nos supermercados, ajudam 267 mil pessoas.
"Cerca de 40% das pessoas são idosos que, pela sua idade, deficiência ou limitação, nunca terão uma alternativa de vida e dependerão sempre do banco", explicou ao DN Isabel Jonet, responsável nacional do Banco Alimentar. Apesar de estar preocupada com os novos fenómenos de pobreza decorrentes do desemprego, Isabel Jonet diz que os idosos serão sempre os casos mais dramáticos, pois não têm expectativas de ver a sua situação melhorar.
Vivem sozinhos, com reformas baixas, e muitos não têm suporte familiar. Como Casimira da Piedade que, sem filhos nem netos, sobrevive dos "25 contos da pensão" e do pouco rendimento que tira do quarto que tem alugado em casa.
21/11/09
20/11/09
A condição humana
A realidade incontornável é que os humanos relacionam-se numa base de interesse e utilidade que o outro tem, mantendo-se indiferentes a tudo o que extrapole essa área. E nem mesmo os laços biológicos são suficientes para quebrar essa realidade, pois muitas vezes também o relacionamento se baseia numa teia de interesses pessoais.
Os humanos são intrinsecamente e eternamente solitários, e muito do que pensam e sentem jamais é percepcionado pelos outros, porque nem mesmo a comunicação oral e/ou escrita consegue reproduzir fielmente as emoções/sentimentos/pensamentos que continuamente perpassam no seu âmago.
09/11/09
Diagnóstico pungente e angustiante
“Sabe o que eu receio? Sou português, gosto de viver aqui e tenho a expectativa de viver mais 40 anos. Gostava de viver mais 40 anos. E gostava de viver aqui esses últimos 40 anos da minha vida. Mais: gostava de envelhecer com as minhas filhas ao meu lado. E a sensação que eu tenho, é que por este caminho, facilmente os jovens vão perceber que não têm lugar em Portugal. Porquê? Porque hão-de ser sugados nos seus impostos para pagar um activo que vão ver que não vale a pena. Aquilo que pode acontecer a Portugal é o que aconteceu a muitas aldeias portuguesas, onde hoje o mais jovem pode ter 65 anos ou mais. E eu não gostava de morrer assim: só. Gostava de morrer com as minhas filhas.”
João Duque, professor no ISEG, debate no programa Plano Inclinado na SIC Noticias, aos 46:53 minutos
Citação sic:
“A historieta é muito rápida. Tive uma tia-avó que faleceu em 1980 e ela era salazarista.. E eu ás vezes perguntava-lhe assim com essa desfaçatez que um moço de 14 ou 15 anos tem. E ela dizia: sabes é que, na fase final da I República pagavam a pensão- o marido tinha morrido com uma doença de febre amarela, e tinha direito a uma pensão de que vivia- e pagavam quando havia dinheiro. E depois de Salazar vir para as Finanças, passaram a pagar-lhe a horas. Quer dizer, fez-se um salazarista por causa de falhas de pagamento. Isto é verdadeiro!”
Citação sic:
“Um pormenor mais: isto durou mais ou menos uma hora, segundo os seus cálculos [de Medina Carreira] estamos a dever mais €2,5 milhões.”
18/10/09
As caras do poder
- Sociedades de advogados,
- Forças Armadas,
- Forças de Segurança (policias),
- Magistratura,
- Juizes,
- Sistema financeiro (bancos, seguradoras),
- Politicos,
- Grupos económicos (energia, recursos hidricos, distribuição, agro-alimentar, matérias-primas).
A interacção promíscua entre todas estas entidades é que permite que uma minoria de individuos domine a maioria que para eles trabalha e sustenta.
07/10/09
Pessimismo?
Espero sinceramente que o futuro do país (e do mundo) não descambe numa sul-americanização ou numa balcanização da sociedade, um cenário que nem mesmo Dante conseguiria descrever fielmente…
Muitos consideram esta reflexão pessimista.
Mas se:
- a ingovernabilidade resulta da exclusiva defesa dos interesses pessoais e/ou partidários e/ou elitistas de quem está no poder e um maioria absoluta conduz a derivas autoritárias ditatoriais, como se pode ser politicamente optimista?
- os dados estatiticos do estado do planeta não mentem com aumento contínuo da população mundial e consequente aumento dos recursos naturais versus poluição, usando matemática de merceeiro, e sabendo que os recursos naturais são finitos, como se pode ser ambientalemnete optimista?
Então afirma-se: é tempo de encontrar soluções. Mas estas já existem há muito tempo e são tão simples que até é ininteligivel como não são aplicadas: honestidade, solidariedade, caridade, humildade, compaixão, sobriedade, assertividade, simplicidade, fraternidade, respeito, coerência, empatia...
Talvez a condição humana seja uma couraça demasiado forte para permitir que as soluções sejam implementadas...
16/08/09
Passividade
Este discurso aplica-se não só aos cristãos mas a todos os cidadãos que professem ou não uma fé religiosa; é mais fácil e menos sofredor ignorar a injustiça desde que ela não esteja no nosso lar. Não ignorar implica agir e aqui o medo é um poderoso dissuasor porque o receio egocêntrico de perder o seu bem-estar sobrepõe-se à luta pela justiça do bem-estar de todos. O problema é que sendo o Homem um ser social tem de viver em comunidade; se parte dessa comunidade vive sob o sofrimento da injustiça social afectará inevitavelmente a outra parte, e toda a comunidade será atingida. Milhões de seres humanos persistem em viver nesta ignorância, pensando ilusoriamente por influência de doutrinas filosóficas egocêntricas, que cada um por si será suficiente para se viver harmoniosamente. Quando observamos o que se passa por esse mundo fora, confrontamo-nos com essa ilusão...
Estou convicto que só as atrocidades da guerra e/ou a violência social é que despertam do marasmo os humanos com poder para promover alterações; ironicamente, é o sofrimento induzido por comportamentos anti-sociais que promovem a mudança...
05/07/09
Quo vadis
A grande diferença entre o ser humano e as outras espécies é que tem uma autoconsciencia da sua mortalidade, o que indicia uma certa crueldade para a nossa espécie. A (aparente) ausência de consciência da mortalidade por parte das outras espécies, coloca-as num plano metafísica mais confortável que a espécie humana. Esta finitude da vida levanta a eterna questão do sentido da vida: qual o objectivo de viver se sabemos que vai inevitavelmente existir um fim, independentemente do que se faça ou não? Qual o motivo da nossa existência na Terra se vamos desaparecer a prazo?
Provavelmente, 98% dos humanos criou mecanismos psicológicos para lidar com esta questão que atormenta a humanidade desde os seus primórdios racionais; esses mecanismos conduzem à alienação e ignorância voluntária da existência desse enigma angustiante. Normalmente, materializam objectivos que absorvem o seu ego filosófico e o adormecem, tais como obter sucesso profissional, o emprego, a aquisição sucessiva de bens materiais (automóvel, casa, vestuário, gadgets electrónicos, etc.), numa escalada progressivamente mais onerosa. O mesmo efeito produz o álcool e as drogas no alcoólico e no toxicodependente, respectivamente: alienam do sofrimento psicológico que cada um padece, anestesiando-o.
Assim, para os restantes 2%, o quotidiano tem uma perspectiva atroz: muito do que se faz parece inútil perante a evidência do fim. Um faraó com este dilema metafísico questionava o seu conselheiro se por acaso a morte trataria de modo diferente o faraó do seu escravo…
Já foram emitidas várias reportagens de pessoas em condições físicas muito debilitantes, como por exemplo tetraplégicas, que mostravam uma resiliência em viver naquelas condições. Existe uma certa falácia nesta abordagem: essas pessoas livraram-se involuntariamente do estúpido quotidiano que viviam, de ter um emprego, um salário, pagar as despesas, resolver os problemas diários. Nessas condições, e vivendo num pais civilizado, têm assegurado por parte da sociedade na pessoa do Estado, o sustento que necessitam para se manterem vivas, concentrando desse modo todas as energias em se manterem vivos. O individuo normal, sem emprego e sem recursos, não possui esse apoio, vivendo num sofrimento tão intenso como aquele em que essas pessoas vivem. Em ambos os casos não são condições normais de vida, e por isso, será que a eutanásia não seria válida para uns e outros que o desejassem? Uma tetraplégica afirmava peremptoriamente que se ficasse no estado vegetativo que não queria manter as funções vitais; será que um sem abrigo permanente, vivendo na rua e dos seus restos durante anos, não é uma forma vegetativa de viver?
Biologicamente, a vida e a morte têm sentido: o objectivo de cada individuo é manter-se vivo o tempo suficiente para que contribua para a perpetuação da espécie. A morte tem uma justificação para existir, permitindo criar um espaço ecológico para outro indivíduo; não criando esse espaço, a espécie poderia se extinguir por falta de recursos naturais que sustentassem todos. Portanto, o sexo é o objectivo final de cada indivíduo da sua espécie. Nesta perspectiva, a mortalidade tem uma justificação racional aceitável; contudo, a individualidade torna-se banal e inexistente, porque o que interessa é a manutenção da espécie como entidade colectiva e não a manutenção do indivíduo.
Para alguns, os indivíduos que questionam o sentido da vida, padecem de depressão ou são sintomas disso; porque será uma patologia questionar o evidente e disso se sentir angustiado por não conseguir encontrar resposta racional? A religião foi a resposta racional encontrada pela Humanidade. Analisando as várias religiões, de forma implícita ou explícita, todas elas se referem a uma imortalidade não terrena, revelando subrepticiamente que a morte física continua como uma questão insondável e destruidora do sentido da vida. A própria religião responde que esta vida física terrena tem sentido porque é uma passagem para a outra imortal; de outro modo, o seu sentido é difícil de o conhecer. Por isso, alguns humanos considerados excepcionais, dedicaram a sua vida na busca das respostas a estas questões milenares, tendo proposto métodos que conduziriam ao encontro das soluções. Tudo indica que eles as encontraram mas cada um de nós só terá a certeza quando a morte acontecer; até lá trilhamos os vários caminhos que existem que nos permite lidar com a eterna questão que nenhuma ciência respondeu. E se no patamar da ciência ainda acrescentarmos à equação insolúvel que muito ainda é cientificamente desconhecido no momento da morte, então encontrar a solução da equação torna-se colossal…!
“A morte é certa; a sua hora é incerta” era uma inscrição latina num mostrador de um relógio; esta única certeza deveria ter conseguido abrir as portas da percepção da Humanidade para que permitisse a entrada na mente de cada ser humano, dos sentimentos abnegados que cada um pode exprimir, e deste modo a relação interpessoal nesta vida terrena fosse propiciadora de um ambiente sereno que proporcionasse uma forma saudável de suportar as inquietudes da mortalidade…
02/07/09
Construção das sociedades séc.XXI
Professor da Universidade da Califórnia abriu V Conferência Latina de Redução de Riscos
Bernard Madoff, o administrador de uma sociedade de investimento condenado a 150 anos de prisão por um tribunal de Nova Iorque, "é uma excepção". As cadeias americanas estão cheias de pobres, clarificou ontem, no Porto, o sociólogo francês Loïc Wacquant, na abertura da V Conferência Latina de Redução de Riscos.
Retrato social do país
-há uma gradual degradação social do país
- a formação académica superior já não tem relevância na obtenção de emprego
- a geração mais jovem vai ter um estilo de vida grotesco e inexplicável
- existe uma geração de empresários sem consciência social e predadores económicos, em que exploram até não sobrar mais nada
- há falta de perspectivas laborais no país para as gerações vindouras
- vai existir uma enorme geração de idosos em condições precárias
-o individualismo competitivo será o mote quotidiano dos individuos
- a lenta e inexorável concentração em grandes cidadades, onde se disponibilizam os serviços que estão a ser extintos no interior do país
- a inevitável sul-americanização ou balcanização do país, com as instituições públicas em colapso e corruptas, e a criminalidade a estabelecer as regras de funcionamento da sociedade
01/07/09
Politica lucrativa
27/06/09
24/06/09
O estigma do serviço público
Três unidades de saúde
Hospitais privados discriminam utentes da ADSE
DN
De acordo com a Entidade Reguladora da Saúde (ERS), foram discriminados utentes da ADSE em hospitais privados.
De acordo com o jornal Público, os hospitais davam prioridade a doentes não agregados a este subsistema para atender os beneficiários da ADSE meses mais tarde. Segundo as fontes citadas pelo jornal estarão em causa o Hospital da Luz (Lisboa), Hospital da Arrábida (Gaia) e a Clínica da CUF Belém (Lisboa).
A ERS terá agido depois de ter recebido queixas, emitindo instruções contra estas três unidades por não respeitarem a ordem de chegada dos doentes às mesmas.
Graças ao actual governo socialista, ser trabalhador do Estado é como ostentar a cruz de David no tempo dos nazis. Revelou-se um estigma, um alvo de escárnio e mal-dizer. Será que também vai haver uma 'solução final' para os funcionários públicos?
12/06/09
A roda da Vida
Uma mulher italiana que perdeu o voo 447 da Air France, no dia 31 de Maio, morreu num acidente de viação, de acordo com uma noticia da Agência ANSA.
Johanna Ganthaler, a viver a reforma no sul de Itália, e o seu marido estavam de férias no Brasil. No regresso a casa perderam o avião por se terem atrasado. Agora, o casal alugou um carro em Munique, na Alemanha e decidiu conduzir até Itália. No caminho, na Áustria, colidiram com um camião. A mulher morreu no hospital. O homem encontra-se em estado crítico.
A roda da vida: nunca se sabe quando pára...
Uma decisão, uma hesitação, um atraso, um adiantamento, são acções que sobrelevam o mistério do sentido da vida, porque nunca se sabe se significam o fim...
11/06/09
É abjecto!
10/06/09
Dia de Portugal
Retirem as tetas europeias, e regressamos ao período de 1974-1986, um país no pântano sócio-economico idêntico a qualquer outro do 3º mundo…
Os salários escondidos dos politicos
Antigos ministros ganham fortunas
Jorge Coelho, Fernando Gomes, Dias Loureiro ou Armando Vara são apenas alguns dos ex-políticos apontados por passarem a ganhar fortunas depois de saírem do Governo, noticia o 24Horas
Segundo o 24Horas, outro caso de sucesso na vida pós-política é o de Jorge Coelho, antigo ministro de Estado de Guterres, que decidiu enveredar pela carreira de gestor, em Maio do ano passado quando tomou posse como vice-presidente do conselho de administração da Mota-Engil. Enquanto esteve no Governo ganhava 160 mil euros por ano, agora ganha mais de 300 mil.
Armando Vara, na sua passagem pelo Governo de António Guterres, ganhava 100 mil euros por ano, mas foi quando abandonou o seu cargo político que viu a sua vida financeira prosperar. Armando Vara começou a sua carreira profissional como simples empregado de balcão, na Caixa Geral de Depósitos, mas, depois como administrador, o ex-ministro passou a ganhar cerca de 240 mil euros por ano.
De todos os políticos que abdicaram do serviço público em prol de cargos em grandes empresas, Fernando Gomes é daqueles que mais sucesso alcançou. Em dez anos, o antigo presidente da Câmara Municipal do Porto e actual administrador da GALP, passou de 45 mil euros anuais para uma remuneração de mais de 700 mil. SOL
09/06/09
A estupidez humana
"As guerras no Afeganistão e no Iraque já custaram mais de 903 mil milhões de dólares aos EUA", revelou Sam Perlo-Freeman, responsável pelo projecto sobre Gastos Militares no SIPRI, citado pela Reuters. Público
Se o ser humano fosse verdadeiramente altruísta e não intrinsecamente maléfico, imagine-se a qualidade de vida que existiria neste planeta…
Ganhou a revolta
03/06/09
É vital que não se repita
Há 80 anos atrás, em 1929, aconteceu o que hoje se denomina a Grande Depressão. Tal como actualmente, o sistema financeiro bolsista colapsou, lançando uma onda de falências a nível mundial que provocou milhões de desempregados. Nos EUA, as ruas e estradas encheram-se com milhares de pessoas procurando emprego. Defendo a tese que a Depressão durou 10 anos, dando origem à II Guerra Mundial; os povos desesperados, com corpos que apareciam nas ruas vitimas da fome, elegeram ditadores em vários países. A Alemanha foi um deles, e um país considerado culturalmente e tecnologicamente evoluído, conduziu o mundo à barbárie. O desespero leva o ser humano aos actos mais ignóbeis, e os campos de concentração alemães são o exemplo até que ponto pode ir a frustração humana.
A contestação que tem ocorrido nos últimos tempos é a reacção de todos aqueles que não querem que se repita o que aconteceu à 80 anos, com uma consequente III guerra mundial, porque esta fará o inferno parecer o jardim do éden...
02/06/09
31/05/09
Boicotar
Só um inculto político é que acredita no Pinócrates quando este afirma que os professores são instrumentalizados pelos partidos.
E agora?
A luta tem de passar para dentro da escola. Boicotar é a palavra de ordem. Verifico que os dirigentes políticos não têm pejo em desprezar o rigor e a competência para atingir os seus fins mas os subordinados chegam a ser mais zelosos. Verifico que muitos professores têm a preocupação de cumprir zelosamente mesmo que não concordem, o que é ridículo face aquilo que os seus superiores hierárquicos fazem.
Em vez de boicotarem a avaliação, vejo os avaliadores preocupados em preencher a grelha, dissecando o que se fez e não se fez. Não há hipótese! Quando são os atingidos a aplicar este zelo, qualquer lei pode ser publicada por muito estúpida que seja.
O ME não tem a mínima hipótese de controlar todas as escolas; o seu sistema baseia-se na denúncia, que infelizmente se revela várias vezes eficaz devido à mesquinhez de muitas pessoas.
De outro modo, que raio de vida vamos ter? Quem se vai sentir realizado a trabalhar num ambiente paranóico em que não sabe em quem confiar?
Queremos viver ou sobreviver?