18/10/09

As caras do poder

Em todos os paises, com mais ou menos importância, existem grupos que têm o poder de governar. Normalmente são abstractos, sem cara, para o cidadão comum, mas eles existem e são materiais. Eis as caras que considero que detêm o poder no país:

- Sociedades de advogados,
- Forças Armadas,
- Forças de Segurança (policias),
- Magistratura,
- Juizes,
- Sistema financeiro (bancos, seguradoras),
- Politicos,
- Grupos económicos (energia, recursos hidricos, distribuição, agro-alimentar, matérias-primas).

A interacção promíscua entre todas estas entidades é que permite que uma minoria de individuos domine a maioria que para eles trabalha e sustenta.

07/10/09

Pessimismo?

Nos últimos dias, derivado dos acontecimentos quotidianos, concluí que a Humanidade atravessa uma encruzilhada, na qual não se sabe qual a direcção que vai tomar. Perante a crise económica grave, o espectro de uma pandemia de proporções dantescas, o horizonte sombrio de uma degradação ambiental apocalíptica, e a constatação nacional de um futuro catastrófico, talvez tenha chegado o momento de me preparar para a naturalidade das leis universais.
Espero sinceramente que o futuro do país (e do mundo) não descambe numa sul-americanização ou numa balcanização da sociedade, um cenário que nem mesmo Dante conseguiria descrever fielmente…

Muitos consideram esta reflexão pessimista.

Mas se:
- a ingovernabilidade resulta da exclusiva defesa dos interesses pessoais e/ou partidários e/ou elitistas de quem está no poder e um maioria absoluta conduz a derivas autoritárias ditatoriais, como se pode ser politicamente optimista?
- os dados estatiticos do estado do planeta não mentem com aumento contínuo da população mundial e consequente aumento dos recursos naturais versus poluição, usando matemática de merceeiro, e sabendo que os recursos naturais são finitos, como se pode ser ambientalemnete optimista?

Então afirma-se: é tempo de encontrar soluções. Mas estas já existem há muito tempo e são tão simples que até é ininteligivel como não são aplicadas: honestidade, solidariedade, caridade, humildade, compaixão, sobriedade, assertividade, simplicidade, fraternidade, respeito, coerência, empatia...
Talvez a condição humana seja uma couraça demasiado forte para permitir que as soluções sejam implementadas...