13/01/08

Não há 'estrelas' na Terra

Os idolos armados em exemplos da solidariedade, têm uma forma peculiar de a demonstrar:

Semanário EXPRESSO

O jornalista britânico Brendan O’Neill condena aquilo que chama «colonialismo de celebridades». Faz notar que quando «Bran­gelina» (contracção dos nomes de Brat Pitt e Angelina e designação pela qual o casal é conhecido) foi no ano passado à Namíbia para o nascimento do filho Shiloh, convenceu o Governo namibiano a fechar as fronteiras do país a jornalistas estrangeiros, criou uma força de segurança privada para controlar o acesso à cidade onde ficaram, fechou o espaço aéreo e mandou a polícia revistar as casas dos cidadãos para garantir que não estavam a abrigar jornalistas. Diz que as celebridades vão a regiões pobres do mundo «para se sentirem especiais». Continua: «Claro que os africanos continuam a ter grandes problemas de subdesenvolvimento e miséria - mas não serão ajudados pelo tipo de campanha ou de protecção ofereci­do por Bono, Bob ou Brangelina. Andam à procura de significado pessoal e objectivos nos desertos e terras de capim de África, não iniciando um debate útil sobre como fazer progredir África.»

11/01/08

Uma no papo, outra no saco

Ou reformulando um provérbio conhecido, "ter os dois pássaros na mão e nenhum a voar"...
Estavam à espera que abdicasse do tacho dourado na CGD, com a reforma dourada já à mão de semear?
Já agora convém lembrar que este "dr." é à Independente, como o outro "engº"...

"O dr. Armando Vara fez [pedido de licença sem vencimento] o que é usual fazer nestas circunstâncias: pedir à empresa a manutenção do vínculo contratual com a CGD".

06/01/08

Bem-vinda, Idade Média!

Uma protecção social digna da Idade Média...
Parecec que a contagem vai continuar; mas veja-se o lado positivo: a sustentabilidade da Segurança (?) Social. Finalmente vale a pena morrer, e quantos mais melhor...!

Gouveia: Professora não resistiu a cancro de pulmão
Morreu a trabalhar

Dor e revolta marcaram ontem o funeral de Maria Cândida Pereira – a docente de Gouveia que sofria de cancro de pulmão e morreu sem que lhe fosse reduzida a componente lectiva.
Com 47 anos, divorciada e mãe de duas meninas, com 12 e 14 anos, a professora de Educação Visual e Tecnológica solicitou a redução da carga horária, mas nunca chegou a pedir a reforma por incapacidade porque a redução no salário não lhe permitiria sobreviver e sustentar a família. “Ela não tinha alternativa, com 60% do ordenado não conseguia viver, por isso, teve de se arrastar até à morte”, disse ao CM Paula Feliciano, também professora na Escola Básica 2/3 Ana de Castro Osório, em Mangualde, onde a vítima era docente há três anos.

Porta 65

Comparando com os novos apoios ao arrendamento jovem, digamos que para estes a porta é 650...

Ascenso Simões com subsídio

O ministro das Finanças autorizou a concessão de um subsídio de Alojamento a Ascenso Simões, secretário de Estado da Protecção Civil, no montante de 75% do valor das ajudas de custo estabelecidas para os vencimentos superiores ao índice 405 da Função Pública, ou seja, são mais 1300 euros por mês.
O próprio Teixeira dos Santos recebe este subsídio por não possuir residência em Lisboa.

02/01/08

A normalidade do neoliberalismo

Para aqueles que pensam que as desigualdades sociais ficam sossegadas em casa ou escondidas debaixo do tapete: continuem e vão ver o que acontece...

Fim de ano à francesa

PATRÍCIA VIEGAS - DN

Automóveis queimados e detenções voltaram a fazer parte da festa

Mais de 370 automóveis foram incendiados durante a noite de passagem de ano em França, segundo números fornecidos pela polícia, que ontem foram citados pela AFP. Mesmo assim as autoridades consideram que o número de viaturas queimadas regrediu em relação ao ano passado, desceu de 397 para 372, tendo o número de interpelações estabilizado nas 258/259. O incêndio de carros é prática corrente em França e teve o seu expoente máximo, em 2005, durante a chamada revolta dos subúrbios. Vários grupos de jovens, muitos deles filhos de imigrantes magrebinos, revoltaram-se contra a polícia e destruíram tudo o que apanharam. Na noite de segunda-feira meio milhão de pessoas escolheram a cidade de Paris para celebrar a passagem no do ano de 2007 para o de 2008: 400 mil optaram pelos famosos Campos Elísios e 45 mil preferiram estar perto da Torre Eiffel.

Quando a avaliação é politica

O problema da avaliação da Administração Pública é se basear em critérios politicos e não de gestão, e daí, compadrio, boy e cunha, serem os parâmetros mais usados...

Chefias partidárias

Ambos admitem que a administração perdeu muita qualidade em matérias de quadros técnicos. "A qualidade dos quadros actuais não tem comparação com a de há 20 anos atrás. Hoje em dia é desprestigiante dizer que se trabalha na função pública", diz aquele empresário. Esta degradação é particularmente evidente ao nível das chefias, sublinham.

Para isso, muito contribuíram as "sucessivas levas de boys que foram entrando na administração", diz Paneiro Pinto. O seu colega corrobora: "Há nomeações demasiados politizadas e isso reflectiu-se na qualidade dos dirigentes." E conta uma pequena história: "Há alguns anos decidi aceitar um cargo de chefia. A determinada altura, tive que afastar um funcionário e sofri pressões incríveis vindas directamente do gabinete do ministro." DN

O abstracto manda no real


Ou como grupos de magnatas usam a manipulação para se manterem imoralmente ricos...

01/01/08

Militante: um processo de sucesso social

Parece que as Novas Oportunidades também reconhecem os cartões do partido como diplomas certificadores de competências...

O homem do aparelho do PS que se tornou... banqueiro
27.12.2007, Ricardo Felner - PÚBLICO

Armando Vara não deixou de ser uma figura influente no PS e fora dele depois de sair do Governo em 2001. Regressou à Caixa Geral de Depósitos (CGD) como director e, com a subida de José Sócrates a primeiro-ministro, em 2005, foi nomeado para a administração do banco público. Aí, mesmo sem o protagonismo mediático do tempo em que ocupou várias pastas dos governos de Guterres, manteve a capacidade manobrar nos bastidores, atributo que lhe está colado desde o tempo em que ascendeu à presidência da distrital do PS de Bragança e se tornou numa peça chave do aparelho socialista. O ex-secretário de Estado, de 54 anos, apanhado em 2001 no escândalo da Fundação para a Prevenção e Segurança - instituição privada que fundou usando dinheiros públicos quando estava no Governo - acabaria por ser chamado para altos cargos, enquanto administrador nomeado para a CGD pelo actual Governo. Nessa altura, dentro e fora do PS, houve quem denunciasse a atribuição do "job" a um reconhecido "boy" da confiança de Sócrates. Mas isso nunca reduziu o seu espaço de manobra dentro da instituição. O militante socialista, para além de responsável pela área do crédito da CGD, tutela as participações financeiras do banco, nomeadamente na EDP, na PT e na PT Multimédia, no BCP e na Cimpor, e tem a seu cargo as direcções de particulares e de negócios das regiões de Lisboa e do Sul. A subida de Vara na CGD tem sido explicada pelo PSD e por vários comentadores e economistas como uma opção governativa, baseada em cumplicidades partidárias. Isto porque Vara não tem um percurso profissional de excelência na banca e que da sua passagem pelo Executivo pouco sobrou para além uma medida sonante - a campanha da contra a sinistralidade Tolerância Zero - e a polémica que o levaria à demissão. Os amigos contrapõem que Vara foi vítima de uma campanha para o destruir numa altura em que preparava o Euro 2004 e que, não tendo qualificações brilhantes, compensa as suas fragilidades com o seu empreendorismo. Natural de Lagarelhos, concelho de Vinhais, em Trás-os-Montes, Vara galgou degraus dentro do PS até, em 1987, encabeçar a lista do partido em Bragança. Tinha então apenas o liceu, atendia ao balcão da CGD de Mogadouro, mas Mário Soares já lhe reconhecia grandes qualidades como dirigente local.(...) Entretanto foram sendo revelados, pela imprensa, os processos menos claros, ou as cumplicidades perigosas, que havia protagonizado. Falou-se a propósito do seu curso de Relações Internacionais, tirado na mesma Universidade Independente onde Sócrates obteve o seu diploma. Isto porque o fim do curso ocorreu três dias antes da nomeação para a administração da CGD e, nesse período em que houve várias mudanças na direcção da UnI, chegou a ser nomeado para reitor Jorge Roberto, um subordinado do socialista na CGD.A tudo isto, ou Vara não respondeu, ou desmentiu cirurgicamente, à sua maneira, como no caso da Independente. "Pimenta no rabinho dos outros é refresco", disse numa entrevista, referindo-se à forma como o PSD criticou o processo da licenciatura de Sócrates. Isto para além das relações entre Vara, Sócrates e António Morais, o docente que deu quatro das cinco cadeiras com que o primeiro-ministro terminou o seu curso de engenharia civil.

"Nuke Them All!"

A espécie humana é filha da puta! Os indivíduos desta espécie cumprem as mesmas leis da selva, apesar do discurso falso da solidariedade entre humanos. As relações são de interesse, sempre com o objectivo de proveito pessoal máximo; mesmo com pessoas com comportamento solidário e abnegado, se surge alguma situação de conflito de interesse com outro, inevitavelmente o instinto vai conduzir a pessoa a cilindrar o outro para obter o que interessa.
Todos os que na praça pública defendem decisões que são difíceis para outros, têm a sua vida pessoal garantida: políticos, governantes, comentadores, etc. Nestas circunstâncias é muito fácil defender a alteração das leis no sentido de dificultar a vida dos outros, quando sabemos que a nossa não é afectada.
Ouvem-se cabrões de comentadores nos jornais e televisões, a defender acerrimamente a redução de direitos sociais, depois de terem garantido principescamente os seus; políticos e governantes a exigir aos cidadãos aquilo que jamais se sujeitam a cumprir; enfim, meio mundo a foder o outro, a subjugá-lo e explorá-lo. E depois admiram-se com a violência que para aí pulula...!
Até os chefes de organizações armadas que promovem a justiça através da violência, estão a tratar da vidinha deles, utilizando ideologias para convencer outros que genuinamente estão desesperados e só vislumbram as balas e bombas como uma esperança de justiça...
Pelo menos, nas outras espécies, todos os indivíduos se sujeitam ás mesmas leis, e a sobrevivência do mais apto é que vinga; na espécie humana, uns ditam as leis para os outros as cumprirem, ficando á partida em vantagem. Não adiantou de nada os homens e mulheres (Jesus, Buda, Confúcio, Madre Teresa, Gandhi, etc., etc.) que surgiram neste mundo a tentar mostrar que era possível viver em igualdade de circunstâncias; a filha da puta da condição humana- onde existem 2 homens e um interesse vai haver um que vai tentar explorar o outro- é uma barreira intransponível.
Por isso, cada vez mais recordo a personagem do coronel Kurtz, homónima do Livro “Coração das Trevas” e do filme Apocalipse Now, que perante o maquiavelismo interesseiro dos outros homens, que praticavam as mesmas atrocidades que o obrigaram a praticar e que depois absurdamente o condenaram por isso, chegou à conclusão que a única saída era a exterminação da espécie humana, escrevendo no livro, “Nuke them all!”
Para o bem da biosfera deste planeta, vai ter de surgir um novo Dilúvio, para limpar a imundície que atulha a harmonia e tranquilidade da Natureza...

Privado ou público?