20/11/09

A condição humana

http://clubedospensadores.blogspot.com/2009/11/vem-ai-o-natal.html

Este tópico levou-me à reflexão porque muitas vezes nos convencemos que só determinados pensamentos e sentimentos nos são exclusivos, mas às vezes verificamos que existem outros com a mesma forma de pensar e sentir. Uma das temáticas que me tem atormentado é o tipo de relações humanas que existem; ao fim de umas décadas conclui que as relações são de interesse e utilidade, em que cada humano intimamente se está a borrifar para os outros, exceptuando alguns (poucos) casos. Se cada um fizer o exercício simples de enumerar as pessoas em que confia plenamente e partilha verdadeiramente a sua intimidade, vai ficar surpreso com o número que obtém…
A realidade incontornável é que os humanos relacionam-se numa base de interesse e utilidade que o outro tem, mantendo-se indiferentes a tudo o que extrapole essa área. E nem mesmo os laços biológicos são suficientes para quebrar essa realidade, pois muitas vezes também o relacionamento se baseia numa teia de interesses pessoais.
Os humanos são intrinsecamente e eternamente solitários, e muito do que pensam e sentem jamais é percepcionado pelos outros, porque nem mesmo a comunicação oral e/ou escrita consegue reproduzir fielmente as emoções/sentimentos/pensamentos que continuamente perpassam no seu âmago.

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