12/01/10

É nojento

O que mais me enoja são aqueles indivíduos que usufruíram da plenitude do Estado social, algumas vezes abusaram dele, que se aposentaram entre os 50-60 anos, e que agora defendem acerrimamente as alterações gravosas que este governo provocou ao nível dos direitos sociais. Apoiam inequivocamente o agravamento das condições sociais com a justificação demagógica do défice e divida nacional. como se alguma vez soubessem como isso se calcula. É nojento porque sei que estes indivíduos vociferavam cobras e lagartos se lhes fizessem o mesmo, mas como já têm a vidinha garantida, borrifam-se completamente para os outros. Este sentimento asqueroso estende-se aos fazedores de opinião especialistas, que também têm pensões de reforma chorudas, e defendem os cortes nisto e naquilo como decisões tecnicamente acertadas, esquecendo-se convenientemente que também contribuíram para o estado actual ao aposentarem-se aos 50 e tal anos com milhares de euros.
Esta falta de solidariedade geracional é abjecta.
A sociedade portuguesa têm resmas destes indivíduos.

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