08/01/10

Onde estão os motivos para ser optimista? II

Mas eu sou assim tão diferente para ainda não ter percebido quais as grandes diferenças em relação ao ECD actual?

Ficou tudo na mesma ou pior, só que com outra roupa. Vejamos:


- Piorou na questão da contingentação das vagas para progressão na carreira. No actual ECD só existe um momento dependente de vagas; com o acordo, passa a haver dois momentos.

- “Acabaram as categorias”. O relator é outro nome para titular. O problema ainda continua: a legitimidade de alguém que não se distingue funcionalmente do outro, mas que lhe é conferido o poder arbitrário e discricionário por via administrativa de decidir sobre a vida de vários colegas. O problema nunca esteve no título mas na legitimidade: a que propósito é que tenho de reconhecer alguém como superior quando somos ambos genericamente competentes?

- Quem vão ser os relatores? Genericamente, os actuais titulares. Contudo, é aberta a porta a professores praticamente com a mesma experiência profissional que os seus avaliados. Portanto, continuamos com o mesmo problema da legitimidade que despoletou este longo processo de luta.

- Quem avalia o relator? Também tem aulas observadas para progredir na carreira?

- A questão é atingir o topo da carreira ou quando se atinge o topo da carreira? Que interessa atingir o topo um ano antes de obter a pensão de reforma? A quantidade de tempo em cada escalão condiciona o valor da pensão de reforma.


O ME não cedeu nas questões fundamentais e essenciais, e portanto, toda a luta nos últimos anos foi inglória, bem como não justificou o clima de guerra civil que se instalou em muitas escolas.

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