12/01/10

A falsidade da avaliação

Já ando a ficar saturado com a mesquinhez e inveja do povinho português. Existe uma cambada de ignorantes que estão convencidos que se os outros piorarem, eles se sentem melhor. A monumental estupidez deste sentimento, mina completamente qualquer relacionamento social saudável. Uma ignorância completa é pensarem que a avaliação é a panaceia dos males do país, quando na realidade, estes males têm origem na mentalidade e cultura do povo gerada hà séculos.
Esta coisa de dizerem que nas empresas avaliam, é a maior treta contada; exceptuando as grandes empresas devidamente organizadas, a avaliação que é aplicada no mundo empresarial é a olhómetro e feita por chefias intermédias sem qualquer formação. Uma avaliação que se baseia nas caras, na bajulação, na subserviência, etc., tudo menos no mérito. A avaliação não vai mudar nada, excepto o nível das despesas salariais, que diminui (e fundamentalmente, é o objectivo único da avaliação); aliás, a avaliação conflituosa só vai piorar em muitas circunstâncias a produtividade porque os indivíduos em vez de cooperarem vão competir destrutivamente entre si, prejudicando o cliente/utente. O cirurgião X que podia ajudar o Y já não o fará, porque tem de mostrar que é o melhor, e quem vai perder é o paciente, que podia ter um melhor tratamento.
É ignóbil estar a trabalhar num ambiente onde há desconfiança, hipocrisia, aparência.
Portanto, esta organização social, baseada num modelo económico que estimula a competição e concorrência eminentemente destrutiva (porque o objectivo é eliminar o outro), só cria uma sociedade baseada no conflito, desconfiança e violência.

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