30/10/08

Os efeitos do neoliberalismo selvagem

Três atacantes entraram na funerária e mataram pai do jovem de 18 anos
A funerária Jardim de la Esperanza, em Mexicali, no Norte do México, estava vazia, com excepção da capela A. Era aí que, na noite de domingo, a família de Francisco Javier Leyva Ruiz, assassinado na sexta-feira, em Sonora, velava o seu corpo. Até que três homens irromperam no recinto: "Já chegámos, Javier...", disse um deles, antes de começar a disparar. O pai do jovem de 18 anos morreu no local e a mãe está em estado muito grave. As autoridades já estão a investigar mais este caso, desconhecendo-se para já o que terá motivado o crime. Os três atacantes, que usaram armas de grande calibre, conseguiram fugir numa carrinha e ainda não foram capturados pela polícia. Francisco Javier Leyva Borbón, de 45 anos, não resistiu aos 13 disparos na cabeça, tórax e abdómen, revelou aos media locais o responsável pelos serviços de medicina legal. Por seu lado, a mãe do jovem, María Guadalupe Ruiz, de 38 anos, teve que ser operada depois de uma das dez balas com que foi atingida quando procurava defender o marido ter ficado alojada no cólon. Os três homens dispararam ainda contra o caixão.
Este é apenas mais um dos episódios diários de violência no México, onde os cartéis de droga estão em guerra aberta pelo domínio das rotas de exportação para os EUA. No mesmo dia do ataque, foram executados outros sete homens no mesmo estado, Baixa Califórnia. Só este ano, segundo os números da imprensa mexicana, terão sido assassinadas mais de 3800 pessoas no país.

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