17/05/08

Eles por lá

Parece que o ataque aos professores considerando-os o bode expiatório é uma estratégia europeia. A França é o tampão ao ataque ao Estado social e se claudicar, é como uma barragem que cedeu ao rio: vamos ser inundados por tempos de exploração, pobreza, capitalismo selvagem, com muita violência social à mistura…

Professores e funcionários em greve contra reformas em França
16.05.2008

Entre 200 mil e 330 mil pessoas saíram à rua num total de 5,2 milhões de funcionários públicos em toda a França a Foram principalmente professores que aderiram à greve da função pública de ontem em toda a França - são eles os mais atingidos pela reforma da administração do Estado defendida pelo Governo do Presidente Nicolas Sarkozy e que prevê para 2008 a supressão de 22.900 postos de trabalho, metade dos quais no sector da Educação. Para o próximo ano, foi anunciado o fim de mais 35 mil empregos na função pública. Os sindicatos denunciam uma "política de desmantelamento" do serviço público. E também por isso desfilaram em manifestações em várias cidades, incluindo Paris, onde o protesto juntou cerca de 50 mil pessoas. No total, dizem sindicatos, 330 mil franceses saíram à rua; segundo a polícia, terão sido 200 mil. O Governo defende a sua posição, falando numa "revolução cultural" na função pública. Sobre as reformas anunciadas diz que não recuará. O ministro do Orçamento e Função Pública, Eric Woreth, considerou que este "não era um problema de direita, ou de esquerda". "É um problema de eficácia do serviço público", quando o país enfrenta um pesado défice público, defendeu numa entrevista à televisão. Os sindicatos falaram numa adesão de cerca de 60 por cento. O Governo avançou outros números: 40 por cento. Os protestos vão continuar na próxima quinta-feira, 22 de Maio, dia em que a contestação será contra o fim dos regimes de excepção nas reformas de trabalhadores de alguns sectores. Ana Dias Cordeiro

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