24/05/08

Já veio a febre outra vez

Como antigo praticante federado de futebol, são consensuais os benefícios da prática do desporto. Já não vejo são os benefícios da idolatria bacoca que surge ciclicamente á volta do futebol profissional. O desporto detiorou-se completamente quando se transformou num negócio, e ainda mais quando centenas de milhares de pessoas lhe dão uma importância pessoal e intima. Que o façam, cada um é que sabe, mas á custa do erário público, é que é abjecto. Desde o governo até às câmara municipais, existem as mais variadas formas de depauperar o orçamento de estado em prol do futebol e afins profissionais. A demagogia politica impera incentivada por um povo infeliz e frustrado que usa o futebol como catarse da sua baixa auto-estima.
Como é possível que um povo aceite que pessoas ganhem dezenas de milhares de euros por mês e só trabalhem algumas semanas por ano (como o treinador da selecção), é incompreensível, em virtude desse mesmo povo vilipendiar (e bem) as mordomias dos políticos.
Os meios de comunicação social ajudam à festa com horas contínuas de emissão, noticiando o que não é noticia.
Quando perguntaram a um filosofo francês como se identificava um povo culto, ele respondeu que bastava ver a diferença de salário entre um maestro e um desportista nesse país, para aferir da importância que o povo dava à cultura. Vendo o que se passa em Portugal, já dá para aferir da cultura deste povo…

Sem comentários: