13/05/08

Podiam começar por casa

Cardeal apela a políticos por justa divisão de bens

Vivemos numa "sociedade opulenta" e depois deparamo-nos com "esta realidade triste, vergonhosa, onde morrem milhões de irmãos à fome". É desta forma que o cardeal português, José Saraiva Martins, que preside hoje e amanhã às celebrações do 13 de Maio em Fátima, um dos "ministros do governo" no Estado do Vaticano, caracteriza o estado actual da sociedade no mundo. Colocando o enfoque nos países ocidentais, onde considera que a situação de pobreza ainda é menos admissível do que nas áreas do globo menos desenvolvidas. Defende, por isso, que é preciso "proceder a uma distribuição social dos bens que a Terra produz", porque "são de toda a humanidade, não deste ou daquele que se arrogue seu proprietário".
A tese é incontestável excepto quando é aconselhada por quem gastou €70 milhões num templo em Fátima com mordomias tecnológicas (painel do altar com folha de ouro, muro hidraulico que separa a igreja em dois compartimentos, etc.), cujas despesas de manutenção mensais ascendem às dezenas de milhares de euros...

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