17/04/08

Assumir as divergências

Na blogosfera, exista quem defenda a plataforma sindical invocando que era o possível que podia ser feito, como por exemplo o conhecido A Educação do meu Umbigo
Neste momento o possível não chega; os sindicatos tinham de ter a coragem de endurecer a luta, porque nada de pior iria aparecer; o que é que de pior os professores iriam encontrar se não existisse entendimento?
Com o mandato da unanimidade docente conferido em 8 de Março, a plataforma tinha todas as condições para encostar o ME às cordas, tal como foi feito nos tempos idos de 1989 (também com maioria absoluta), e se necessário, recorrer às formas de luta mais duras. A preocupação com a opinião pública é uma falácia porque nunca esteve do lado dos docentes, sendo esse um dos motivos porque mobilizou quase toda a classe. Apesar dos contornos politicos, é um conflito laboral, e não se pode estar preocupado com o que terceiros pensam sobre a situação.
Com este entendimento, 2/3 dos profs ficam na mesma (com umas ligeiras melhorias do trabalho docente no estabelecimento), o boicote das escolas foi infrutífero, o modelo da avaliação é exactamente o mesmo bem como o ECD, os professores titulares têm perspectivas de melhorar as suas condições de trabalho e remuneratórias, estando criado o combustível para atear a fogueira.
Daqui as uns meses já não existe mobilização para os sindicatos reivindicarem a negociação dos aspectos não negociados, porque os professores entretanto arrepiaram caminho e adaptaram-se às circunstâncias.

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