17/04/08

A única saída

O presidente do Agrupamento de Escolas de Castelo Branco, Joaquim Abrantes, manifestou-se ontem preocupado com a avaliação final dos alunos, face ao número de professores que está a pedir a passagem à reforma em pleno ano lectivo. Sete professores do segundo ciclo já pediram a passagem à reforma e outros 14 estão a preparar o processo. Segundo o presidente, o corpo docente do segundo ciclo tem uma média de idade entre os 50 e os 60 anos, tratando-se de professores que podem já reformar-se. Face a esta situação, o agrupamento vai ter que contratar novos docentes, fazendo contratos temporários.
Os professores titulares, perante o modelo da avaliação apresentado, foram totalmente surpreendidos, num momento em que ainda não tinham sido atingidos penosamente. Com o modelo, a carga horária de trabalho aumenta vertiginosamente, são obrigados a executar uma tarefa com pessoas que habitualmente trabalhavam em parceria e que agora tinham de abandonar esse método de trabalho, vislumbram um possível isolamento laboral inerente à condição de avaliadores, adivinharam tempos de conflitualidade latente e regular derivado da sua função de avaliadores de outros colegas.
Perante esta avalanche só tinham 3 alternativas:
- aceitar resignadamente a sua nova posição laboral desconfortável
- boicotar o sistema em prol da manutenção de um bom ambiente de trabalho e como protesto contra o modelo
- solicitar a reforma antecipada, mesmo que com penalização financeira.

O discernimento levou a maioria a escolher a última opção.

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