22/04/08

Os sinais agudizam-se

Dominique Strauss-Kahn, director do FMI, disse recentemente o que já tanta gente anda a dizer há muito tempo: "Se os preços dos alimentos continuarem a subir, as consequências serão terríveis e sabemos que este tipo de questões às vezes acaba em guerra. Os sinais desta crise estão a multiplicar-se por todo o lado. Tem havido convulsões mais ou menos violentas em países como o Haiti, Costa do Marfim, Etiópia, Filipinas, Indonésia, Egipto, Bangladesh; os preços sobem - num só ano, o trigo aumentou 130%; a soja 87%; o arroz 74%; o milho 31%; os países inquietam-se - no Terceiro Mundo, principalmente; as pessoas não se conterão - as que são pobres, sobretudo. DN

Há anos que alerto para este desfecho: o continuado desequilíbrio material entre os seres humanos, com persistência na distribuição desigual dos recursos, vai levar a uma instabilidade e violências sociais.
Basicamente, é visceral: um ser humano se não tem meios de subsistir legitimamente, em acto de desespero, vai recorrer aos meios ilegítimos e violentos para suprir as suas necessidades básicas. Situação comum no tempo dos nossos antepassados.
Políticos, grupos económicos, empresas, contribuem largamente para as condições explosivas, simplesmente devido à ganância.
Quando nos confrontarmos com o facto da violência diária nos bater à porta, será tarde demais para qualquer solução, e só resta a lei da sobrevivência.
Cada vez mais nos aproximamos de um conflito bélico global.

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