20/04/08

Pagar as favas das acções do vizinho

A febre dos portugueses pelos empréstimos bancários está a levar os banqueiros a endividarem-se no exterior, a aumentar as responsabilidades financeira do País e a fazer disparar o défice externo. Os cifrões são inimagináveis...
Os dinheiros em dívida e os compromissos do País no estrangeiro já ultrapassam os 148,7 mil milhões de euros, o equivalente a criação de riqueza em 11 meses de árduo trabalho dos portugueses (91,3% do PIB). Deste montante, as dívidas (compromissos) da banca portuguesa no estrangeiro já atingem os 91,6 mil milhões de euros, 56% da riqueza do País. DN

A esmagadora maioria dos portugueses desconhece que os verdadeiros proprietários dos bens nacionais (e individuais) são os bancos estrangeiros. Esta conjugação da factores foi a que levou ao colapso da Argentina há 6 anos atrás, do qual nunca recuperou; os bancos estrangeiros accionaram a cobrança das dívidas dos bancos argentinos, ficando estes sem liquidez e consequentemente do congelamento dos pagamentos bancários aos clientes individuais.
Com isto, milhões de argentinos perderam as poupanças de uma vida. Ironicamente, essa perda foi causada pelos outros milhões de argentinos que se endividaram para satisfazer o seu consumo. Ou seja, os indivíduos que geriram a sua vida com opções ponderadas foram prejudicados por aqueles que cederam à tentação do consumo, o que cinicamente, demonstra que não ser consumista não isenta o indivíduo de sofrer das más opções dos seus concidadãos. Este fenómeno demonstrou a importância da interrelação dos indivíduos numa sociedade.

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